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Eis o olhar do Temibilíssimo Pantagruel, sedento por Vinho – como na obra do Santo Mestre François Rabelais, La vie de Gargantua et de Pantagruel –, um olhar divino que enuncia o verso 11 do Liber צ (Tzaddi) vel Hamus Hermeticus sub figurâ XC : “I pour you lustral wine, that giveth you delight both at the sunset and the dawn” – “Eu vos sirvo vinho lustral, deleite que vos consagra tanto no crepúsculo como na aurora” –, na mesma embriaguez dos versos 61-64 do Capítulo V do Sagrado Liber LXV :
V : 61. E o Senhor Adonai se deleita em mim, e eu carrego a Taça do Seu orgulho à gente cansada da velha terra cinza.
V : 62. Aqueles que dela bebem são atingidos pela doença; estão capturados pela abominação, e seu tormento é como a espessa fumaça negra da casa maligna.
V : 63. Mas os escolhidos dela beberam, e se tornaram como meu Senhor, meu belo, meu desejável Senhor. Não há vinho como este vinho.
V : 64. Eles estão reunidos, juntos, em um coração pulsante de luz, assim como Ra reúne suas nuvens sobre Ele no seu ocaso, dissolvido em um mar de excessiva Alegria; e em torno deles, a serpente que é a coroa de Ra no aperto de um cinturão dourado de beijos da morte.
Assim surgiu o Acampamento Pantagruel : quando o Senhor Adonai nos ofereceu a Taça do Seu orgulho – e todos bebemos, deliciosamente, do seu terrível Vinho divino; e a sede do divino olhar de Pantagruel se tornou a nossa eterna sede pelo êxtase do seu arrebatamento. Como está escrito no Livro do Nosso Senhor :
V : 5. E eis que agora o Pilar está estabelecido no Vazio ; e eis que agora Asi foi preenchida e satisfeita por Asar ; e eis que agora Hoor é derramado no interior da Alma Animal das Coisas como uma flamejante estrela cadente sobre a escuridão da terra.
Desde então, nós nos reunimos regularmente para beber! Em maio do ano de 2024 da era vulgar, nós éramos três embriagados – Frater XPRW, Frater V e Frater Abraxas –, mas logo nos tornamos cinco, quando Frater NVN e Frater Udjat vieram se embebedar do mesmo Vinho. Como já estava escrito há muito tempo atrás no Evangelho de Baco, redigido pelo Santo Rabelais – no “Enigma em Profecia”, Capítulo LVIII do Livro Primeiro :
“Os bens serão de todos, e o maná
Do céu, recompensando, choverá
Para os eleitos. E os demais enfim
Danados sejam. Razão quer assim.
E o trabalho em tal ponto terminado,
Se torne cada um recompensado.
Tal foi o acordo. Ó como há de lucrar
Aquele que no fim perseverar!”
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